sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO EDUCADOR

GILBERTO TEIXEIRA (Prof.Doutor FEA/USP)

I - INTRODUÇÃO

Neste texto iremos discutir algumas questões sobre o papel do professor enquanto considerado um EDUCADOR. Esta aliás é a primeira questão que necessita ser amplamente discutida nos meios acadêmicos: até que ponto os professores são ou não educadores? até que ponto a universidade tem como objetivo não só transmitir conhecimentos mas educar isto é modificar comportamentos?

II AS REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DO EDUCADOR

Em uma perspectiva técnica, a educação pode ser concebida como um processo de criação e aproveitamento de situações de aprendizagem. Convém destacar que essas situações estão estreitamente relacionadas com a pessoa que as tenha criado (o professor) e com as pessoas que vivenciaram (os alunos). O comportamento humano reflete um modo de pensar, de sentir e de ser e sempre estará dirigido para algum fim, embora o interessado possa não estar plenamente consciente desse fim.

De algum modo, o ser humano sempre deseja algo; o educador ao criar e aproveitar situações de aprendizagem está convertendo os desejos em alguma atividade.

O educador considera diferentes modos de atuar e elege entre eles aqueles métodos que julga serem mais convenientes. Se o educador realizar essa escolha de forma empírica, aleatória, seu comportamento como educador será imprevisível e não estará impregnado de qualquer estilo pessoal.

Se por outro lado, o educador decidir o que quer fazer em bases científicas e em seguida o fizer, estará atuando com um estilo pessoal e estará dirigindo um processo de aperfeiçoamento de acordo com seus critérios de atuação.

Por isso, a crítica mais contundente e negativa que se pode fazer a um educador não é de haver fracassado em suas intenções mas de não poder saber se fracassou ou não, porque simplesmente não sabia para onde queria ir.

Como dissemos acima todo educador deve saber para onde que ir, não com a intenção deliberada de manipular ou agir seus alunos a que seguisse que permita a convicção entre ele e seus alunos. A finalidade dessa comunicação dependerá do conceito que ele, educador, tenha a respeito de vida, do homem e de como deva ser o processo educativo.

Enfocado de outro ponto de vista o educador considera diferentes modos de atuar e elege entre eles aqueles métodos que julga serem mais convenientes ou eficazes (que ele se sinta à vontade em usar).

Se o educador realizar essa escolha de forma empírica, aleatória (como é freqüente), seu comportamento como educador será imprevisível e não estará impregnado de qualquer estilo pessoal ou base científica.

Se por outro lado, o educador decidir o que quer fazer em bases científicas, metodológicas, e, em seguida o fizer, estará atuando com um autêntico estilo pessoal.

Por isso a crítica mais contundente e negativa que se possa fazer a um educador não é de haver fracassado em suas intenções mas de não ser capaz de saber se fracassou ou não; simplesmente porque não sabia "para onde" estava se dirigindo, "para onde" quer ir.

Fica evidenciado que todo educador deve saber onde quer ir, não com a intenção deliberada de manipular ou coagir seus alunos a que o sigam mas porque assim estará realizando um trabalho humano e com um estilo pessoal.

O grau em que ele permita a seus alunos de segui-lo ou deixarem de fazê-lo dependerá de sua realidade e capacidade e do respeito que tenha por eles mas consciente de que nunca poderá divorciar o "fazer" do "ser". Educação é afinal uma conexão entre "ser" e "fazer".

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