O valor de um sorriso Volta
Autor desconhecido
Nada custa, porém muito produz.
Enriquece aos que recebem,
sem empobrecer os que dão.
Acontece num instante e é lembrado para sempre.
Não há rico que possa viver sem ele,
nem pobre que não enriqueça por um sorriso.
No lar gera felicidade,
nos negócios, boa vontade,
e é a senha dos amigos.
É repouso para o cansado, luz para o abatido,
e antídoto natural para a inquietação.
Contudo não pode ser comprado, mendigado,
emprestado ou roubado, porque não tem valor
para ninguém, até que seja passado adiante.
E se acontecer que alguém esteja cansado demais para oferecer-lhe um sorriso, por que não deixar com ele um dos seus?
Porque não há quem mais precise de um sorriso,
que aquele que não tem nenhum para dar.
Felicidade realista Volta
Martha Medeiros
A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário,queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode, ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...
Oração da Solidariedade Volta
(Oração captada de Francisco de Assis e transmitida psicograficamente pelo Espírito Carlos Murion ao médium José Medrado.)
Senhor,
Que eu possa a quem está com frio dar o cobertor.
Mas se o frio for da alma, que eu tenha condições de dar afetivo calor.
Se alguém chorar, que eu possa suas lágrimas enxugar.
Mas se eu também estiver em dor, que pelo menos possa companhia fazer.
Porque é chocante, senhor,
chorar sem ter alguém para nos consolar;
sofrer sem ter com quem dividir;
precisar desabafar e não ter quem ouvir;
enfermar sem ter com quem contar.
Assim, Senhor, e por tudo isso, eu te suplico:
preciso ao próximo servir, tendo tolerância para com a ignorância:
o desprendimento frente à pobreza;
a solicitude moral diante dos reclames das crianças;
atenção e amparo para com a velhice;
o perdão sem condição;
a brandura na exaltação;
a verdade sem interesse e o amor sem cobranças.
Mas, se nada disso eu puder ter ou fazer, que a vida me torne humilde para reconhecer que preciso espiritualmente crescer.
Assim seja.
A mala de viagem Volta
(Extraído do livro "Psycho-Pictography", de Vernon Howard.)
Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou: "Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?"
"É estranho", respondeu o viajante, "mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava." Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.
Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou: 'Diga-me, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?"
"Estou contente que me tenha feito essa pergunta", disse o viajante, "porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo." Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves.
Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma. Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal. Qual era na verdade o problema dele? A pedra e a abóbora?
Não.
Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado. Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!
O que são algumas dessas cargas que pesam na mente de um homem e que roubam as suas energias?
- Pensamentos negativos.
- Culpar e acusar outras pessoas.
- Pemitir que impressões tenebrosas descansem na mente.
- Carregar uma falsa carga de culpa por coisas que não poderiam ter evitado.
- Auto-piedade.
- Acreditar que não existe saída.
Todo mundo tem o seu tipo de carga especial, que rouba energia. Quanto mais cedo começarmos a descarregá-la, mais cedo nos sentiremos melhor e caminharemos mais levemente.
A corrida dos sapinhos Volta
Autor desconhecido
Era uma vez uma corrida... de sapinhos !
O objetivo era atingir o alto de uma grande torre.
Havia, no local, uma multidão assistindo.
Muita gente para vibrar e torcer por eles.
Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era: "Que pena !!! Esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir."
E os sapinhos começaram a desistir. Mas havia um que persistia e continuava a subida, em busca do topo.
A multidão continuava gritando :
"...que pena !!! Vocês não vão conseguir.!"
E os sapinhos estavam mesmo desistindo um por um - menos aquele sapinho que continuava tranqüilo... embora cada vez mais ofegante.
Já ao final da competição, todos desistiram - menos ele.
E não é que ele CONSEGUIU !!!!!!
A curiosidade tomou conta de todos.
Queriam saber o que tinha acontecido...
E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, descobriram... que ele era surdo!!!!!!
Assembléia na carpintariaVolta
Autor desconhecido
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar.
A causa?
Fazia demasiado barulho; e além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque,o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa.
Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
— Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.
Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!!
O carvãoVolta
Autor desconhecido
Um menino vivia dizendo a respeito de um colega:
"Desejo tudo de ruim para ele. Quero matar esse cara!"
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amigo, Juca, e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou. O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado, mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você.
- O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Cuidado com seus pensamentos; eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras; elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações; elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos; eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter; ele controla o seu destino.
ReligiosidadeVolta
Um irmão de luz - Psicografado e enviado por Verena
Que lugar a religiosidade ocupa em tua vida? Nota bem, falo em religiosidade e não em religião. Refiro-me à tua ligação direta com Deus, sem intermediários. Refiro-me à forma como vives aqui na Terra, se o fazes visando as coisas do céu. E, se o fazes, significa que todos os teus atos presentes são fruto de uma esperança que tens no futuro, onde antevês gozos supremos?
Na verdade, amigo, a tua religiosidade não deve estar atrelada a nada que não seja a tua necessidade dela. Uma necessidade que nasce de um desejo profundo de reencontrar-te contigo mesmo.
Ser religioso não significa cumprir certos ritos, seguir certos conselhos ou fazer aquilo que se espera de nós. Ser religioso é conectar-se com a melhor porção de todas as coisas. Em tudo o que fizeres podes encontrar a tua essência. Pois, se estiveres inteiro, realizando a tua tarefa, seja ela qual for, a tua energia fundir-se-á com a do objeto ou do ato que praticas. E a expressão da tua alma estará ali. Alguma pessoa que te observe, perceberá este cunho na tua obra. E isso, nele despertará um sentimento de reverência que ele carregará consigo. Como uma onda, esta energia se propagará. Deste modo, qualquer ato teu pode transformar o mundo. O teu mundo interior tornar-se-á rico e enriquecerá a tudo que tocares e com quem conviveres.
Parece-te utopia? Parece-te algo inatingível? E como pensas que as coisas acontecem no mundo para que ele esteja exatamente como é? Tudo é energia. Nós somos energia.
Então, é exatamente deste modo que criamos o ambiente em que vivemos. Um operário que fabrica uma parte de uma peça, o faz parcialmente. Ele não vê o produto final do qual participa. Isso produz nele uma sensação de que está incompleto. E não é assim conosco?
Por isso, amigo, entrega-te. Entrega-te ao teu dia-a-dia, com alegria.
Vê em cada ação tua, uma oportunidade de colocar a tua marca no mundo.
Deixa que brilhe no teu olhar a essência da tua alma. E olha para frente, sem medo.
Reverencia a vida em cada ato teu.
Lenda árabeVolta
Malba Tahan
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, um determinado ponto, discutiram e um deles acabou sendo esbofeteado. O ofendido escreveu então na areia.
"Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto".
Seguiram viagem e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. Não demorou muito e o que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, mas foi prontamente salvo pelo companheiro. Tão logo recuperou-se, pegou a adaga e escreveu numa pedra:
"Hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida".
Intrigado, o outro perguntou:
"Porque, depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreve na pedra?"
Ao que outro respondeu:
"Quando um amigo nos ofende, devemos registrar o fato na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam logo de apagar. Contudo, quando nos fazem algo grandioso, devemos gravar a ocorrência em local indestrutível, onde vento nenhum do mundo pode desmanchar".
O velho e a jabuticabeiraVolta
Conto popular
O velho estava cuidando da planta com todo o carinho quando um jovem se aproximou e perguntou:
- Que planta é essa, de que o senhor está cuidando?
- É uma Jabuticabeira - respondeu o velho.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Pelo menos uns 15 anos - informou o velho.
- E o senhor acredita viver esse tempo todo? - Indagou, irônico, o jovem.
- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada.
- Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...
A porcelana do reiVolta
Malba Tahan
Achava-se, certa vez, Confúcio o grande filósofo, na sala do trono.
Em dado momento o Rei, afastando-se por alguns instantes dos ricos mandarins que o rodeavam, dirigiu-se ao sábio chinês e perguntou-lhe:
- Dizei-me, o honrado Confúcio: como deve agir um magistrado? Com extrema severidade a fim de corrigir e dominar os maus, ou com absoluta benevolência a fim de não sacrificar os bons?
Ao ouvir as palavras do soberano, o ilustre filósofo conservou-se em silêncio; passados alguns minutos de profunda reflexão, chamou um servo, que se achava perto, e pediu-lhe que trouxesse dois baldes sendo um com água fervente e outro com água gelada.
Ora, havia na sala, adornando a escada que conduzia ao trono, dois lindos vasos dourados de porcelana. Eram peças preciosas, quase sagradas, que o Rei muito apreciava.
Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado, a água fervendo num dos vasos e a gelada no outro, quando o Rei, emergindo de sua estupefação, interveio no caso com incontida energia:
- Que loucura é essa ó venerável Confúcio! Queres destruir essas obras maravilhosas! A água fervente fará, certamente arrebentar o vaso em que for colocada; a água gelada fará partir-se o outro!
Confúcio tomou então de um dos baldes, misturou a água fervente com a água gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois vasos sem perigo algum.
O poderoso monarca e os venerandos mandarins observaram atônitos a atitude singular do filósofo.
Este, porém, indiferente ao assombro que causava aproximou-se do soberano e assim falou:
- A alma do povo, ó Rei, é como um vaso de porcelana, e a justiça do Rei é como água. A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência são igualmente desastrosas para a delicada porcelana; manda, pois, a Sabedoria e ensina a Prudência que haja um perfeito equilíbrio entre a severidade com que se pode castigar o mau, e a longanimidade com que se deve educar e corrigir os bons.
A idade de ser felizVolta
Mário Quintana
Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível
sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida
à nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito, nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo,
de novo e de novo,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa ...
A caravana árabeVolta
Meimei/F. C. Xavier, do livro "Pai Nosso"
Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:
— Por que oras com tanta fé? Como sabes se Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu:
— Grande senhor, reconheço a existência de Nosso Pai Celestial pelos sinais dele.
— Como diz? — Indagou o chefe admirado.
O servo humilde explicou-se:
— Quando o senhor recebe uma carta de uma pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
— Pela letra.
— Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa sobre o valor dela?
— Pela marca do ourives.
O velho árabe sorriu e acrescentou;
— Quando ouve passos de animais ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
— Pelos rastros — respondeu o chefe, surpreendido.
Então o servo fiel convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, e exclamou respeitoso:
— Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos ajoelhou-se na areia e começou a orar também.
A carroça de PlatãoVolta
Rita Foelker
Platão da Silva é um conhecido carroceiro de uma cidade do interior.
Sua carroça é antiga mas ele a mantém em ótimo estado de conservação, porque é com ela que Platão ganha seu pão de cada dia.
A carroça é puxada por dois bonitos cavalos. Um deles é branco, o outro, preto.
Um dia, Platão da Silva estava transportando uma carga de alto valor quando, chegando a uma determinada rua, os cavalos entraram em desacordo. Um deles queria subir. O outro queria descer.
Diante do impasse, Platão se viu em dificuldade.
Se os cavalos insistissem em forçar a carroça para lados opostos, ela provavelmente se partiria. Platão ficaria sem transporte e sem meio de vida.
Se os cavalos, na luta, se soltassem, ele ainda teria a carroça mas ficaria parado no meio da rua, sem poder levá-la dali para lugar algum.
Platão tinha um problema para resolver.
Mas ele também tinha alguma vantagem. Diferente dos cavalos, que são seres irracionais, e da carroça, que é um objeto inanimado, Platão podia e sabia pensar. Ele podia usar sua cabeça para resolver a situação.
Porém Platão percebeu que, antes de qualquer coisa, para resolver a situação da maneira mais favorável a si mesmo, ele precisava decidir se queria subir ou descer a rua.
Obs.: Se você conhece o autor ou a fonte de algum dos textos acima, que constam como desconhecidos, escreva para nós: filosofia@edicoesgil.com.br. E muito obrigada por colaborar conosco!
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Para ver a página da comunidade 'Andreia Dedeana', acesse: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=61700141&mt=7
blog http://andreiadedeana.blogspot.com
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